Desvendando Mitos Sobre a Vacinação Infantil
Postado em: 16/05/2025
A Vacinação Infantil é uma das estratégias mais eficazes para prevenir doenças graves, salvar vidas e promover saúde pública.
Ainda assim, ao longo dos anos, diversos mitos e desinformações passaram a circular entre pais e cuidadores, gerando dúvidas, insegurança e até recusa vacinal.
Com o avanço da internet e o fácil acesso a conteúdos sem base científica, tornou-se ainda mais importante esclarecer o que é fato e o que é mito quando se trata da imunização de crianças.
Neste artigo, vou desmistificar algumas das crenças mais comuns e reforçar a importância de confiar nas orientações de pediatras e profissionais de saúde!
Mito1: a vacinação infantil sobrecarregam o sistema imunológico dos bebês?
Esse é um dos mitos mais comuns entre os pais sobre a “Vacinação Infantil“.
A verdade é que o sistema imunológico infantil está preparado para lidar com muitos estímulos ao mesmo tempo, inclusive os presentes nas vacinas.
São fatos que comprovam a segurança da vacinação múltipla:
- Desde o nascimento, os bebês entram em contato com inúmeros microrganismos diariamente.
- As vacinas são formuladas com componentes seguros e em doses adequadas para estimular a imunidade sem causar sobrecarga.
- Dados mostram que o número de antígenos presentes nas vacinas atuais é muito menor do que nas vacinas de décadas atrás.
O calendário vacinal é cuidadosamente planejado para que as vacinas sejam administradas de forma eficaz, segura e no momento ideal para proteção.
Mito 2: vacinas podem causar autismo
Esse mito surgiu a partir de um estudo fraudulento publicado nos anos 1990, já amplamente desmentido e retirado da comunidade científica.
Diversas pesquisas sérias e revisadas por especialistas demonstraram que não existe qualquer relação entre vacinas e autismo.
Organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde reforçam que os imunizantes são seguros, testados e monitorados continuamente, sendo parte fundamental da proteção à saúde das crianças.
Mito 3: é melhor a criança “pegar a doença” naturalmente do que se vacinar
Esse argumento é perigoso e pode trazer consequências graves.
Embora algumas doenças infecciosas possam parecer simples, como o sarampo ou a catapora, elas podem evoluir para complicações sérias, como pneumonia, encefalite, cegueira e até morte.
A vacina expõe o organismo a uma versão atenuada ou inativada do agente causador da doença, treinando o sistema imunológico de forma segura, sem os riscos associados à infecção natural.
Mito 4: a vacinação infantil causa efeitos colaterais graves
As vacinas podem causar efeitos adversos leves e temporários, como dor no local da aplicação, febre baixa ou irritabilidade.
Reações mais sérias são extremamente raras e, quando ocorrem, são monitoradas com rigor pelos sistemas de vigilância sanitária.
É importante lembrar que:
- Os benefícios da vacinação superam amplamente os riscos.
- Eventos adversos graves são minuciosamente investigados.
- A pediatra está preparado para orientar sobre qualquer reação pós-vacina.
Mito 5: se a doença foi erradicada, não preciso mais vacinar meu filho
Outro mito perigoso. A erradicação de doenças só é possível graças à vacinação em massa.
Se a cobertura vacinal cai, essas doenças podem retornar rapidamente, como já aconteceu com o sarampo em várias regiões.
Manter o calendário vacinal atualizado é uma forma de:
- Proteger seu filho e outras crianças.
- Evitar novos surtos de doenças controladas.
- Garantir imunidade coletiva e proteger os mais vulneráveis.
A vacinação infantil é um ato de responsabilidade individual e coletiva. Confie em profissionais qualificados de pediatria e puericultura e não se deixe enganar por mitos!
Se você tem qualquer dúvida, agende uma consulta para seu pequeno e venha conversar! Vamos manter nossas crianças seguras e saudáveis!
Pediatra e Neonatologista
CRM: 151730
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