Educação Positiva Como Incentivar o Apoio dos Familiares
Postado em: 18/06/2025
A Educação Positiva tem ganhado espaço entre famílias que desejam criar crianças com empatia, respeito e autonomia emocional.

Essa abordagem valoriza o vínculo, a escuta ativa e a cooperação, em vez de punições, ameaças ou recompensas exageradas.
Acontece que nem sempre é fácil receber apoio da família ao aplicar a educação positiva. Muitos familiares foram educados em modelos autoritários e acreditam que o respeito se impõe com gritos ou castigos.
Outros podem ter dificuldade em entender por que é importante validar os sentimentos das crianças ou oferecer escolhas.
Por isso, incentivar a participação dos familiares na educação positiva requer paciência, diálogo e, acima de tudo, exemplo prático no dia a dia.
A seguir, confira dicas e motivos para buscar esse apoio!
Por que o envolvimento da família é tão importante para aplicar a educação positiva com a criança?
Crianças aprendem por repetição, e a consistência é essencial para que a educação positiva tenha efeito.
Quando apenas os pais adotam esse estilo e os demais cuidadores agem de forma contraditória — por exemplo, gritando, ridicularizando a criança ou ignorando seus sentimentos — o cenário pode ficar mais favorável para confusão, insegurança e mais comportamentos desafiadores.
O apoio dos familiares traz diversos benefícios:
- Fortalece a sensação de segurança emocional da criança.
- Reduz conflitos entre adultos e melhora o ambiente familiar.
- Aumenta a confiança da criança em diferentes contextos.
- Constrói uma rede de afeto e cooperação que facilita a rotina.
- Ensina, pelo exemplo, que é possível resolver problemas com empatia.
Como apresentar a educação positiva aos familiares com empatia?
Muitos pais têm receio de parecerem críticos ao conversar com familiares sobre novas formas de educar.
No entanto, o caminho para apresentar a “Educação Positiva” não precisa ser de confronto.
A chave está em construir pontes, e não muros. Dicas para envolver os familiares de forma respeitosa incluem:
- Comece compartilhando experiências pessoais: conte o que mudou na sua relação com a criança desde que passou a aplicar a educação positiva.
- Ofereça informações com leveza: envie vídeos, artigos ou livros que explicam o conceito de forma clara e acessível.
- Reconheça a importância da experiência deles: valorize o que já fazem de bom e convide-os a experimentar novas abordagens, sem impor.
- Explique o objetivo da educação positiva: mostrar que não se trata de “deixar a criança fazer o que quer”, mas sim de educar com firmeza, sem violência.
- Dê exemplos práticos de como lidar com situações comuns, como birras, recusa de obedecer ou hora de dormir, mostrando como a escuta ativa e os limites respeitosos funcionam.
Aos poucos, as famílias tendem a se abrir ao diálogo e a observar os resultados positivos da nova abordagem.
Como superar resistências com empatia e persistência?
É comum que familiares mais velhos sintam que suas práticas estão sendo invalidadas.
Por isso, é importante acolher as opiniões diferentes e evitar discussões no calor do momento.
Para lidar com as resistências:
- Mantenha a coerência nas suas atitudes com a criança, mesmo quando houver divergências.
- Use frases que convidam ao diálogo, como “Posso te mostrar uma forma que tem funcionado bem aqui em casa?”.
- Reforce os efeitos positivos observados no comportamento da criança desde a mudança de abordagem.
- Crie momentos de conexão familiar, nos quais o foco não seja a “educação”, mas o vínculo entre todos.
Com o tempo, a convivência mostra que é possível educar com respeito e obter colaboração, limites e harmonia.
A educação positiva não é perfeita, mas é um caminho possível — e mais forte — quando trilhado em conjunto.
Profissionais de pediatria e puericultura que acreditam nesse modelo de educação também podem ser fortes aliados! Convido você a agendar uma consulta para que eu possa entender sua realidade e oferecer orientações personalizadas.
Pediatra e Neonatologista
CRM: 151730
Leia também:
Educação Nutricional e Puericultura: um aliado para os pais
Como o ambiente familiar influencia na Saúde do Bebê