Entendendo o Refluxo em Recém-nascidos Quando se Preocupar e Como Tratar

Postado em: 07/05/2025

Nos primeiros meses de vida, é comum que os bebês regurgitem pequenas quantidades de leite após as mamadas. O Refluxo em Recém-nascidos, conhecido como refluxo fisiológico, ocorre pela imaturidade do sistema digestivo, principalmente do esfíncter esofágico inferior, que ainda não consegue reter completamente o conteúdo do estômago.

Refluxo em recém-nascidos quando se preocupar e como tratar
Entendendo o Refluxo em Recém-nascidos Quando se Preocupar e Como Tratar 2

Apesar de assustar muitos pais, o refluxo geralmente é benigno e tende a desaparecer até o primeiro ano de vida. 

No entanto, em alguns casos, ele pode se apresentar de forma mais intensa, com desconforto ou prejuízo ao ganho de peso.

A seguir, entenda quando o refluxo em bebês exige atenção médica e acompanhamento pediátrico adequado!.

Quando o refluxo em recém-nascidos é considerado normal?

Na maioria das vezes, o “Refluxo em Recém-nascidos” é uma condição fisiológica, ou seja, parte do desenvolvimento natural do bebê

Ele ocorre com mais frequência entre o segundo e o quarto mês de vida e tende a diminuir conforme a criança cresce e o sistema digestivo amadurece.

O refluxo é geralmente considerado normal quando:

  • O bebê está ganhando peso adequadamente;
  • Não há sinais de dor ou desconforto durante ou após as mamadas;
  • As regurgitações acontecem logo após a alimentação e em pequena quantidade;
  • O bebê permanece ativo, alerta e com bom apetite.

Nesse cenário, não é necessário nenhum tipo de tratamento medicamentoso. 

Medidas simples no manejo da amamentação e na posição do bebê já costumam ser suficientes para controlar os episódios de refluxo fisiológico.

Vale destacar, porém, que o acompanhamento pediátrico regular continua sendo essencial mesmo que o bebê não apresente nenhum sinal de alterações na saúde. Vou explicar melhor mais à frente!

Quando se preocupar com o refluxo do bebê?

Embora o refluxo em recém-nascidos seja comum, há situações em que ele pode ultrapassar os limites da normalidade e indicar a chamada Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), uma condição que pode causar inflamações e comprometer o bem-estar do bebê.

É importante procurar orientação pediátrica se o bebê apresentar um ou mais sinais como os seguintes exemplos:

  • Perda de peso ou dificuldade de ganhar peso;
  • Irritabilidade frequente, especialmente após as mamadas;
  • Choro intenso e inconsolável, sugerindo dor;
  • Tosse persistente, rouquidão ou engasgos recorrentes;
  • Recusas frequentes ao seio ou à mamadeira;
  • Regurgitações com sangue ou aspecto bilioso.

Esses sinais podem indicar que o refluxo está causando inflamação no esôfago (esofagite), comprometendo a alimentação e exigindo avaliação e, possivelmente, tratamento específico.

Como lidar com o refluxo em recém-nascidos?

O tratamento do refluxo depende da gravidade do quadro e sempre deve ser individualizado

Nos casos fisiológicos, medidas comportamentais e posturais costumam ser suficientes para controlar os sintomas.

Entre as orientações mais comuns para lidar com o refluxo não problemático em recém-nascidos estão:

  • Manter o bebê na posição vertical após as mamadas por pelo menos 30 minutos;
  • Fracionar as mamadas, oferecendo menores volumes de leite com mais frequência;
  • Evitar deitar o bebê imediatamente após se alimentar;
  • Garantir que a pega da amamentação esteja correta, reduzindo a ingestão de ar;
  • Elevar a cabeceira do berço com leve inclinação, sempre mantendo a segurança do sono.

Nos casos em que o refluxo é mais intenso e prejudica a saúde da criança, o pediatra pode indicar o uso de fórmulas anti-refluxo, alterações na dieta materna (quando há suspeita de alergias) ou, em situações específicas, medicamentos que reduzem a acidez gástrica e protegem o esôfago.

Qual o papel do acompanhamento pediátrico diante do refluxo em recém-nascidos?

O refluxo é uma das causas mais frequentes de consultas nos primeiros meses de vida, e o acompanhamento pediátrico é fundamental para avaliar a evolução do quadro, tranquilizar os pais e orientar condutas seguras.

Mesmo nos casos fisiológicos, o pediatra pode identificar sinais sutis que indiquem necessidade de observação mais próxima ou de encaminhamento para outros profissionais, como gastropediatras. 

Além disso, o suporte profissional ajuda a evitar intervenções desnecessárias e traz mais segurança para a família lidar com esse processo do desenvolvimento infantil.

Se você tem qualquer dúvida sobre o refluxo em recém-nascidos ou qualquer assunto da puericultura, não deixe de conversar com uma profissional de confiança!

Estou aqui para Responder suas perguntas e orientar sobre os melhores cuidados com seu bebê. Entre em contato para marcar uma consulta!

Dra. Luiza Guimarães

Pediatra e Neonatologista

CRM: 151730

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