Vacinas Obrigatórias e Opcionais: Quais Escolher Para Seu Filho
Postado em: 26/06/2025
A vacinação é uma das formas mais eficazes de proteger as crianças contra doenças graves, muitas delas potencialmente fatais. Desde os primeiros dias de vida, os bebês recebem Vacinas importantes que garantem sua imunidade em momentos de maior vulnerabilidade.
No entanto, com o aumento da oferta de vacinas nas redes pública e privada, surgem dúvidas entre os pais sobre quais vacinas são obrigatórias e quais são opcionais — e se vale a pena investir nestas últimas.
É sobre essas dúvidas que quero conversar no conteúdo de hoje. Continue a leitura para saber mais!
Vacinas obrigatórias e complementares
As vacinas obrigatórias fazem parte do calendário oficial do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e estão disponíveis gratuitamente no SUS.
Já as vacinas opcionais, também chamadas de vacinas complementares, são aquelas recomendadas por sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e estão disponíveis em clínicas particulares.
Ambas têm um papel importante na prevenção de doenças e, muitas vezes, se complementam.
Vacinas obrigatórias para crianças no Brasil
As vacinas obrigatórias são definidas pelo PNI com base em critérios de saúde pública.
Elas visam controlar doenças que representam maior risco de surtos, internações e óbitos na infância e são aplicadas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde.
Entre as vacinas obrigatórias para crianças estão:
- BCG (contra formas graves de tuberculose);
- Hepatite B;
- Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae);
- Poliomielite (VOP e VIP);
- Rotavírus humano;
- Pneumocócica 10-valente;
- Meningocócica C;
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
- DTP (reforço da pentavalente);
- Hepatite A (em algumas regiões).
Essas vacinas são suficientes para proteger contra diversas doenças graves.
O não cumprimento desse calendário pode, inclusive, impedir a matrícula escolar e comprometer a imunidade coletiva.
Vacinas opcionais: vale a pena considerar?
As vacinas opcionais, apesar de não estarem incluídas no calendário básico do SUS, são indicadas por pediatras e sociedades científicas por oferecerem proteção adicional ou versões mais modernas e eficazes das vacinas já existentes.
Elas estão disponíveis em clínicas particulares e, em alguns casos, são mais indicadas para situações específicas, como viagens internacionais ou maior exposição a determinadas doenças.
Exemplos de vacinas opcionais recomendadas incluem:
- Meningocócica B (protege contra uma cepa não coberta pela vacina Meningo C);
- Pneumocócica 13-valente (versão ampliada da pneumocócica 10);
- Gripe (Influenza, recomendada anualmente);
- Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela em uma única dose);
- HPV (indicada para meninos e meninas a partir de 9 anos);
- Hepatite A (em duas doses na rede privada);
- Vacinas combinadas com menos picadas e menos reações adversas.
Em geral, essas vacinas oferecem proteção mais ampla, cobrem cepas adicionais ou são melhor toleradas, com menos reações adversas.
Decidindo entre as vacinas opcionais
A melhor forma de decidir é com o apoio do pediatra.
Ele poderá avaliar o perfil da criança, seu histórico de saúde, rotina, locais frequentados e fatores de risco.
Famílias que têm histórico de doenças respiratórias ou que convivem com pessoas imunossuprimidas, por exemplo, podem se beneficiar de uma cobertura vacinal ampliada.
Para tomar uma decisão consciente, leve em conta:
- A recomendação atualizada do calendário da SBP;
- A possibilidade de integrar vacinas da rede pública e privada;
- O custo-benefício da proteção oferecida pelas vacinas opcionais;
- As recomendações de um pediatra consciente e de confiança.
Ter acesso a informações claras e atualizadas ajuda a evitar dúvidas, inseguranças e decisões baseadas em desinformação.
As vacinas são uma forma de cuidado e amor. Escolher proteger é escolher investir na saúde presente e futura da criança — e da sociedade como um todo.
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Pediatra e Neonatologista
CRM: 151730
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