Saúde do Bebê: Como Prevenir e Tratar Refluxo e Cólicas

Postado em: 04/08/2025

O início da vida é um momento delicado e cheio de descobertas para pais e mães. Entre os desconfortos mais comuns nos primeiros meses de vida estão o refluxo gastroesofágico e as cólicas do lactente, que podem causar preocupação e insegurança em relação à Saúde do Bebê

Saúde do Bebe Como Prevenir e Tratar Refluxo e Cólicas
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Embora sejam quadros frequentes e, na maioria das vezes, benignos, é essencial entender suas causas, sinais de alerta e como cuidar do bebê com atenção e acolhimento.

Na minha prática como pediatra e neonatologista com mais de 12 anos de experiência, observo que muitos pais chegam ao consultório aflitos, sem saber se o que o bebê apresenta é normal ou exige intervenção. 

A boa notícia é que, com acompanhamento adequado, é possível reduzir os desconfortos e promover o bem-estar do bebê sem recorrer ao uso indiscriminado de medicamentos. A seguir, confira pontos que você precisa conhecer sobre esse assunto!

O que é o refluxo em bebês e por que ele acontece?

O refluxo em bebês ocorre quando o conteúdo do estômago retorna ao esôfago, o que pode causar regurgitação após as mamadas. Isso acontece porque o sistema digestivo do bebê ainda está imaturo, especialmente a válvula que separa o esôfago do estômago.

Na maioria dos casos, o refluxo é fisiológico, ou seja, esperado para a idade, e tende a melhorar espontaneamente até o primeiro ano de vida.

Porém, quando o refluxo causa dor, irritabilidade, dificuldade para ganhar peso ou impacta o sono, pode se tratar de uma doença do refluxo gastroesofágico, que precisa de avaliação médica.

Quais são os sintomas que merecem atenção?

É comum que o bebê regurgite pequenas quantidades de leite após as mamadas, sem desconforto. No entanto, alguns sinais indicam que o refluxo pode estar trazendo impactos para aSaúde do Bebê. São exemplos:

  • Choro excessivo e irritabilidade após mamar.
  • Arquear o corpo durante ou após a alimentação.
  • Recusa frequente das mamadas.
  • Episódios de engasgo ou tosse persistente.
  • Ganho de peso insuficiente.
  • Distúrbios frequentes do sono.

Se sintomas como esses estiverem presentes, é essencial procurar ajuda médica de confiança para avaliação e definição da conduta mais adequada.

Como prevenir o refluxo fisiológico?

Algumas medidas simples no dia a dia podem ajudar a reduzir o desconforto do refluxo em bebês saudáveis:

  • Evite superalimentar o bebê;
  • Faça pausas para arrotar durante e após as mamadas;
  • Mantenha o bebê em posição vertical por cerca de 20 a 30 minutos após mamar;
  • Observe se a pega está correta, em caso de aleitamento materno;
  • Avalie, com orientação médica, a possibilidade de alergia à proteína do leite de vaca nos casos persistentes.

Essas estratégias não substituem a avaliação pediátrica, mas fazem parte de um cuidado preventivo baseado em atenção e vínculo com o bebê.

E as cólicas? Quando são esperadas e como lidar?

As cólicas do lactente são episódios de choro intenso, geralmente no final do dia, que aparecem em bebês saudáveis, com menos de 3 meses. 

Acredita-se que elas estejam relacionadas à imaturidade do sistema digestivo, aumento da sensibilidade intestinal e até mesmo à adaptação ao ambiente fora do útero.

As cólicas são muito frequentes e costumam causar exaustão emocional nos pais. É importante lembrar que elas não indicam doença e, com o tempo, tendem a desaparecer. 

Ainda assim, existem formas de aliviar o desconforto:

  • Massagear a barriga do bebê com movimentos circulares suaves;
  • Fazer exercícios com as perninhas (movimentos de bicicleta);
  • Oferecer colo, contato pele a pele e embalos com calma;
  • Evitar agitação e excesso de estímulos no ambiente;
  • Manter a rotina tranquila no final do dia.

Quando as cólicas merecem avaliação médica para não prejudicar a saúde do bebê?

Embora as cólicas sejam benignas, é necessário buscar orientação caso:

  • O choro seja inconsolável e muito frequente.
  • O bebê apresente vômitos, sangue nas fezes ou recuse todas as mamadas.
  • Haja distensão abdominal visível ou endurecida.
  • O bebê demonstre perda ou dificuldade para ganhar peso.

Em casos como essss, a avaliação médica é fundamental para investigar outras causas de dor abdominal e propor o melhor plano de cuidados.

Como o acompanhamento pediátrico individualizado faz diferença?

Na minha rotina de atendimento na clínica localizada na rua Teodoro Sampaio, 744, conjunto 31, em Pinheiros, priorizo a escuta ativa e a avaliação personalizada, evitando intervenções desnecessárias. 

Cada bebê é único e merece uma abordagem baseada na prevenção, no vínculo e no respeito ao seu tempo de desenvolvimento.

Ao longo dos primeiros meses de vida, o acompanhamento de puericultura permite identificar precocemente sinais de alerta, orientar a família com clareza e evitar o uso excessivo de medicamentos, que podem não ser indicados para situações como refluxo fisiológico ou cólicas autolimitadas.

Não deixe de acompanhar a saúde do bebê junto a um médico atento, detalhista e cuidadoso! A pediatria e a puericultura não são aliadas apenas para casos de doenças, mas também para a prevenção e proteção do seu pequeno.

Quer conversar e conhecer meu trabalho como especialista em pediatria e neonatologia? Clique no botão do WhatsApp e agende uma consulta!

Dra. Luiza Guimarães

Pediatra e Neonatologista

CRM: 151730

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